‘Txeka La’ desafia moçambicanos a tornarem-se observadores eleitorais

"Every citizen can be an observer." Image from Txeka's Facebook page.

“Todo cidadão pode ser um observador.” Imagem da página de Txeka's no Facebook.

Os eleitores de Moçambique podem agora contar com a Txeka Lá, uma plataforma criada por “Olho do Cidadão” – grupo de jovens estudantes da Universidade Eduardo Mondlane em Maputo. A Txeka lá visa garantir uma maior transparência em todo o processo eleitoral. 

As Eleições estão marcadas para o dia 15 de Outubro. Segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE), cerca de 11 milhões de pessoas poderão votar e eleger um novo governo para um mandato de cinco anos.

O panorama político de Moçambique é ainda periclitante devido às marcas deixadas por uma guerra civil de 15 anos após a declaração da independência sobre Portugal em 1975. O país obteve as primeiras eleições democráticas em 1994 [En]. Desde então, o processo eleitoral tem registado episódios de violência.

Em algumas regiões de Moçambique tem-se registado actos de violência entre militantes dos principais partidos de oposição.

As entidades oficiais e muitas organizações civis, tais como a plataforma Txeka Lá estão a trabalhar em conjunto para prevenir a violência e fazer destas eleições mais transparentes.

A Txeka Lá baseia-se principalmente em sites de mídia social como Facebook e Twitter. Os utilizadores também podem denunciar casos de violência através de mensagens de texto via telemóvel, uma vez que o acesso à Internet no país é muito baixo em comparação com os países vizinhos.

Depois de recebidos os relatos de violência enviados pelos cidadãos, a plataforma encaminha as denuncias para as autoridades como a Policia e a CNE afim de tomarem medidas.

A plataforma considera, na sua página do Facebook, que é essencial saber como relatar um evento:

A transparência só será possível se as pessoas tiverem a possibilidade de observar as eleições e souberem como fazê-los.

 

Artigo actualizado em 29 de Outubro 2014 às 17.27 GMT +11. Versão anterior declarava incorrectamente “uma plataforma criada por um conjunto de organizações da Sociedade Civil”. Agradecemos a Uric Raul Mandiquisse por ter detectado o erro.

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