Por muito tempo, Tijuana, uma cidade localizada na fronteira Noroeste do México, foi conhecida internacionalmente por ser, ao mesmo tempo, uma perigosa cidade de fronteira e um destino emocionante e tentador para as férias de primavera. Entretanto, a cidade está agora sob os holofotes internacionais por uma razão completamente diferente: seu movimento cinematográfico local.
Aaron Soto, um diretor de cinema e blogueiro convidado na KPBS de San Diego [emissora de rádio, portal na internet], forneceu algumas informações [en] sobre a atual cena artística nesta “bizarra cidade de fronteira”:
There is a new breed of genre filmmakers, spreading throughout the provincial cities. Industry rejecters, that could either not afford film school or that could not conform to the system. Most of them, create stories of horror, fantasy and science fiction, and most of them, come from an unexpected place, the city of Tijuana.
Why the unexpected place? Because Tijuana has been cut-off from the rest of the country's own culture for years. Despite being the world's most-visited border city, Tijuana was considered by Mexico City's centric culture as that bizarre border town that did not seem to have it's own identity, but boy were they wrong!
Há uma nova geração de cineastas se espalhando pelas cidades do interior. Eles rejeitam a indústria, seja porque não puderam arcar com uma escola de cinema, ou porque não puderam se adaptar ao sistema. A maioria deles cria histórias de terror, fantasia, ficção científica, e muitos vêm de um local inesperado, da cidade de Tijuana.
Por que um lugar inesperado? Porque Tijuana esteve à margem da cultura mexicana por anos. Apesar de ser a cidade de fronteira mais visitada do mundo, Tijuana era considerada pela cultura centrada na Cidade do México como uma bizarra cidade na fronteira que parecia não ter uma identidade própria. Cara, como eles estavam errados!
Mais adiante no texto, Soto destaca que ao contrário da maior parte dos cineastas mexicanos [en] que foram influenciados por seus pares europeus, os cineastas de Tijuana olham para os vizinhos do norte para inspiração:
What were the directors’ intentions? I'm not sure, but if you asked about influences, in Mexico's academic system, filmmakers answer with cliches like Federico Fellini and Jean-Luc Godard. If you ask the border town filmmakers, they will answer with names like David Lynch and Lucio Fulci for sure, but why not? The Tijuana border is 15 minutes from California's cinemas. Dozens of newsstands and libraries, plus the local mom-and-pop video stores insured that Mexican Gen-Xers grew up consuming America's pop culture and it's indie roots, including B-movies, sleaze, horror, and the macabre from publications like “Famous Monsters of Filmland” and “Gorezone” magazine, and from writers like Tim Lucas and Pete Tombs. With the injection of their own Mexican culture, how many children grew up watching “El Santo vs Las Vampiras” as well as David Cronenberg's “Videodrome” on the same evening?
Soto também escreve sobre o movimento [en] iniciado por alguns diretores da cidade:
Directors like Fran Ilich, Giancarlo Ruiz, Omar Ynigo and myself, started what would become known as the DIY movement from the 00's down in Baja. Editing with two VCR's and creating our own stars, like actor Hector Jimenez (“Nacho Libre”) and our own cult short-films like “Omega Shell,” we started to make films about our everyday life, the contradictory chaos of the city; sex and religion, the comprehensible and the esoteric, the uncivilized and the technology, pleasure and pain, English and Español and most of all, the culture of violence.
Seguindo a linha dos filmes recentes que são baseados em uma cidade, como ‘Paris, Eu te amo’ ou ‘Nova Iorque, Eu te amo’, há uma proposta [es] para fazer uma versão Tijuanesa chamada ´Tijuana, te amo’. O blog Tijuana Innovadora, Tech and Culture [es, Tijuana inovadora, tecnologia e cultura] explica:
Tijuana Te Amo es un largometraje colectivo que trata de mostrar la parte positiva de Tijuana. Los panelistas transmitieron un video del detrás de cámaras y cómo los directores se pusieron de acuerdo para filmar cada escena. El largometraje sigue el formato de las producciones Paris Je t’aime y New York I love You. La película va más allá de los esterotipos,de la delincuencia, se intentó plasmar el contraste entre las realidades universales y la belleza dijeron los directores.
No blog FimBuffalo Produccciones, Rodrigo Alvarez afirma [es] que não há nenhum lugar como Tijuana quando se fala em fazer cinema:
En lo personal, en ninguna parte de las que he estado, o de la gente con la que he convivido he notado el fenómeno “cinematográfico” que ocurre en tijuana, la pasión y ganas que existe en la gente de realizar proyectos es bastante sorprendente (puede ser que influya mucho el que estemos en frontera con uno de los paises de mayor producción cinematográfica.)
Por fim, Jose Paredes, outro blogueiro de Tijuana, escreve sobre o dia em que decidiu [es] assistir a 15 horas de filmes feitos em Tijuana, sem pausas:
El jueves pasado me levante a las 8am y me dormi a las 11pm, y durante esas 15 horas que estuve despierto las dedique a una cosa y una cosa solamente: El Cine local. Comenzando en la Lazaro, siguiendole en la Cerveceria Tijuana, y terminando nuevamente en casa de mi hermano Marco. Acabe exhausto debo admitir, pero valio la pena y me senti sumamente completo.