Espanha: Iniciativa Para Processar os Responsáveis Pela Crise

Este artigo faz parte da nossa cobertura especial Europa em Crise.

Depois da saída de Rodrigo Rato da liderança da entidade financeira do Bankia, com uma indemnização milionária e sem algum tipo de explicação sobre o motivo que levou este banco à situação actual, grupos de activistas ligados ao movimento 15M criaram a plataforma digital 15MpaRato (15M para o Rato) com a qual pretendem abordar o modelo islandês, obrigando os culpados da crise a dar explicações e que inclusivamente assumam a culpa das suas gestões a mando de entidades financeiras como causadoras da crise económica actual.

Criou-se uma etiqueta no Twitter #nurembergfinanciero com a qual se pretendia dar a conhecer as causas e os culpados da crise:

@DRYmadrid: Los crímenes económicos deberían ser tipificados como de lesa humanidad. Esta crisis es producto de un plan macabro #nurembergfinanciero

Os crimes económicos deviam ser considerados contra a humanidade. Esta crise é o produto de um plano macabro #nurembergfinanceiro

@Psicodromo: Se buscan para el ‪#NurembergFinanciero‬ pic.twitter.com/HeBk24w4

Procurados para o #NurembergFinanceiro pic.twitter.com/HeBk24w4
Directores de topo de bancos e suas indemnizações.

Directores de topo de bancos e suas indemnizações.

Enquanto isso, preparava-se no Twitter a entrada em cena do #15MpaRato com o qual se expunha à opinião pública a péssima gestão do já demitido presidente do Bankia e ex-presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI) – de onde Rato saiu também antes do fim do prazo estabelecido para o seu mandato, e cujas críticas foram tornadas públicas esta semana.

@madrilonia: Sino es él ¿Quién? Si no es ahora ¿Cuándo? Si no somos todas ¿Quiénes? Desmontando a un estafador, #15MpaRato #hagamoscomoIslandia

Se não é ele, então quem? SE não é agora, então quando? Se não somos todas, quem será? Desconstruindo um vigarista #15MpaRato #FaçamosComo(a)Islandia

Citando da página 15mparato:

Bankia no dura ni dos años; ¿Cómo puede ser que #RR [Rodrigo Rato] deje su cargo sin más, a toda prisa y recibiendo una indemnización millonaria (2,1 millones de euros) sin que nadie haya preguntado institucionalmente absolutamente nada antes, nadie haya pedido ninguna explicación, nadie haya exigido ninguna investigación? La clase política española está de acuerdo en tapar cualquier cosa que haya podido suceder y, lo más preocupante, volverá a hacerlo.

¿Por qué se sigue contando con #RR y su opinión económica si salió del FMI sin acabar su mandato y con un informe demoledor en contra de su gestión en el terrible momento en el que se desencadenó esta “crisis”?

¿Por qué Bankia en su breve existencia bajo la presidencia de #RR ha sido el banco más implacable con los hipotecados damnificados, en cuanto a no permitir las daciones en pago?

O Bankia não dura nem dois anos; como pode ser que #RR [Rodrigo Rato] tenha deixado o seu cargo sem mais nada, à pressa e recebendo uma indemnização milionária (2.1 milhões de euros) sem que ninguém tenha perguntado institucionalmente absolutamente nada antes, ninguém tenha pedido uma explicação, ninguém tenha exigido nenhuma investigação? A classe política espanhola concorda que se esconda o que quer que seja que possa ter acontecido, e o mais preocupante é que voltará a fazê-lo.

Porque é que se continua a contar com o #RR e a sua opinião económica se ele saiu do FMI sem acabar o seu mandato e com declarações demolidoras contra a sua gestão no terrível momento em que se desencadeou esta “crise”?

Porque é que o Bankia na sua breve existência sob a presidência de #RR foi o banco mais implacável com os hipotecados afectados, a não permitir o pagamento em espécie?

Procura-se Rodrigo Rato, culpado da crise e saqueador saqueador do Bankia. Imagem: Antonio Marín Segovia.

Procura-se Rodrigo Rato, culpado da crise e saqueador saqueador do Bankia. Imagem: Antonio Marín Segovia.

Através da plataforma de denúncia cidadã miniLeaks planeia-se levar a cabo um plano de cinco anos (2013-2017) para os quais se estabelecem os seguintes objectivos:

  • Ano um (2013): Dispositivo online para recompilar informações que qualquer cidadão possa ter sobre Rodrigo Rato; um dispositivo legal e informativo. Objectivo do primeiro ano, no aniversário do 15M: pôr em circulação mais de 4000 “cabos” ordenados e todas as provas necessárias, além de boas piadas, imagens e ilusões ópticas [infografias] com informações verdadeiras.
  • Ano dois (2014) Rodrigo já é a comédia de todos. Acabou-se com a impunidade. Para Rodrigo Rato já é insuportável viver em Espanha. Rodrigo no exílio.
  • Fim do plano de cinco anos, em 2017: Se Rato é responsável por uma fraude aos povos de Espanha (como ministro, como banqueiro ou como qualquer outra coisa) então em 2012 faremos com que seja condenado pela evidência das provas apresentadas.

Este artigo faz parte da nossa cobertura especial Europa em Crise.

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