Egito: Revelados planos para filme denunciando assédio sexual

Depois do sucesso do Dia Sem Assédio Sexual no Egito [en], a blogueira egípcia Asser Yasser convidou as leitoras a compartilharem o que pensam sobre o assunto.

Asser escreveu:

بنعمل فيلم تسجيلى إستقصائى بالجهود الذاتية يهدف لرصد ظاهرة التحرشات فى الشارع المصرىالفيلم لا يتبع أى جهة رسمية أو قناة فضائية أو محلية ولا أى مركز ابحاث

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طبيعة الفيلم تقوم على متابعة عدد من الفتيات والسيدات على الطبيعة أثناء سيرهم فى الشارع بالكاميرا

لمدة 5 دقائق .. وتصوير المضايقات التى يمكن أن يتعرضن أثناء سيرهن فى الشارع على الطبيعة

ثم يتم حصر عدد المضايقات بالنسبة لعدد الفتيات أو السيدات محل الدراسة

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مطلوب متطوعات لتصوير الفيلم

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Estamos trabalhando no momento em um documentário independente para monitorar e gravar casos de assédio sexual nas ruas do Egito. O documentário não é parte de nenhuma entidade social, local ou canal de TV, nem de nenhuma entidade de pesquisa.O documento terá como base o acompanhamento de um número de mulheres enquanto elas andam nas ruas. Nosso objetivo é filmar as formas de assédio as quais elas estão expostas quando saem. Mais tarde, essas formas de assédio serão categorizadas e estudadas de maneira independente.

Precisamos de voluntárias!

Egyptian women join hands against harassment

Mulheres egípcias dão as mãos contra o assédio

O ativista também divulgou fotos (veja acima) e detalhes das atividades realizadas no dia contra o assédio aqui.

O chamamento de Asser contou com várias respostas, sendo que a mais interessante foi uma postagem em solidariedade à causa no blogue Wandering Scarab, de  uma mulher egípcia morando no Canadá:

When I was living in Egypt, in the early 90s, I was subjected to sexual harassment on a daily basis. From the clerk at the grocery store all the way to the guy taking my order for pizza delivery, sexual harassment in Egypt is very common. Some behaviors that constitute sexual misconduct in Western societies are even completely acceptable in Egypt such as whistling and verbal abuse of women passing by. As women, we are often taught that there is something wrong with us and that perhaps we give the wrong signals or do something to attract the attention of sexual predators. Nothing could be farther from the truth. I recall some of the things I've experienced – some of them funny, some scary.

The average Egyptian girl, including myself, suffers sexual abuse almost constantly as a normal part of her life.

Quando eu morava no Egito, no início dos anos 90, sofria assédio sexual diariamente. Do balconista da mercearia até o entregador de pizza, o assédio sexual no Egito é muito comum. Além disso, alguns comportamentos que são considerados má conduta sexual em sociedades ocidentais são totalmente aceitáveis no Egito, como assobios e abuso verbal a mulheres que passam na rua. Como mulheres, muitas aprendemos que há algo errado com a gente, e que talvez a gente passe os sinais errados ou faça alguma coisa para atrair a atenção dos predadores sexuais. Nada poderia estar mais longe da verdade. Lembro de algumas das coisas que passei – algumas vezes engraçados, outras assustadoras.A garota egípcia mediana, incluindo eu própria, sofre abuso sexual quase constantemente como uma parte normal da vida.

A postagem continua com mais detalhes sobre assédio, em inglês e árabe.

1 comentário

  • Marizia

    Olá, segue meu videozinho para me conhecerem.

    http://www.youtube.com/watch?v=kAdMnuI2R0o

    Estive no Cairo, Egito 26-28 feb 2009, para apresentar a pesquisa O IMPACTO DA INTERNET, NO COMPORTAMENTO SEXUAL FEMININO E MASCULINO, durante o 4 pan arab Congress Sexual Medicine. Sou brasileira, psicóloga, 55 anos. Bonita……..e…………Também, percebi como eles egipicios assediam as mulheres, pq também, fui alvo frequente,durante minha estada no país, por 26 dias.
    Fazer vista grossa foi o caminho, até porque, no Brasil, convivemos com muitos tipos de assédios e muitos passam a ser parte da cultura.
    O que me assustou foi a HIPOCRISIA, sobre vida sexual, educação sexual. Enfim, talvez com o advento INTERNET, muito nas culturas, irá mudar.
    Estão precisando de VOLUNTÁRIAS para que?
    Abraços
    Marízia

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