Vozes Globais: notícias alternativas da lusofonia agora em formato podcast

Global Voices Podcast

Vozes Globais é um programa de rádio com coordenação da jornalista Vanessa Rodrigues e da editora da lusofonia Sara Moreira em parceria com a Rádio Manobras.

Nesta edição experimental do programa Vozes Globais da Lusofonia, ampliamos para a rádio as vozes de quem vive na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, partilhando as histórias escondidas deste rendilhado de variações linguísticas, as mudanças políticas, o uso das redes sociais a favor dos direitos humanos e as transformações na sociedade.

Rádio Manobras

Rádio Manobras

A iniciativa de criar um podcast mensal dedicado à lusofonia é o primeiro resultado “audível” do “meetup” do Global Voices no Porto que tomou lugar no passado dia 14 de Dezembro. O programa piloto foi produzido com o apoio técnico da Rádio Manobras que disponibilizou o seu estúdio e sonoplastia para podermos amplificar uma seleção de histórias do mundo lusófono através das ondas. Vozes Globais será veiculado por esta rádio comunitária do Porto na primeira segunda feira de cada mês, das 18h às 19h, com repetição aos domingos, das 10h às 11h e quartas das 13h às 14h (GMT). 

Editar a Lusofonia

Sara Moreira

Sara Moreira

No primeiro programa Vozes Globais, Sara Moreira, editora dos países de língua portuguesa no Global Voices (GV), partilha as motivações que a levaram a integrar o Global Voices, fala-nos do trabalho de edição para esta comunidade, da lógica colaborativa com outros media independentes e do impacto do trabalho dos colaboradores.

Além disso, destaca alguns assuntos que marcaram a agenda do último mês no GV, como as plataformas angolanas para ensino de línguas nacionais, a chegada do projeto “Humanos de ________” a Portugal, o papel das redes sociais em Moçambique, pela voz da ativista Ludmila Maguni, bem como o caso de censura a uma carta aberta do economista Nuno Castel-Branco com duras críticas ao presidente moçambicano.

Viajamos ainda para o Brasil para perceber de perto o impacto da indústria mineradora, através do documentário Enquanto o trem não passa. Produzido pelo coletivo Mídia Ninja em parceria com movimentos sociais, nas vésperas da votação de um novo Código de Mineração no país que é o segundo maior exportador de minérios do mundo, o filme denuncia um Brasil entregue à violação dos direitos humanos, destruindo vidas e habitats.

Jornalismo “construtivo”

Foto de Cirofono no Flickr (CC By 2.0).

Foto de Cirofono no Flickr (CC By 2.0).

E porque o jornalismo tem o poder de transformar, convidamos a jornalista baiana Paula Goés, editora multilíngue do GV (e recém-chegada de um retiro de dez dias de meditação), para nos falar, via Skype, de jornalismo construtivo.

O ponto de partida são recentes notícias que escreveu sobre “cinco brasileiras que amam o que fazem e que fazem o que amam” e o projeto de educação “Âncora”, em Cotia, São Paulo, que se inspira no projeto da Escola da Ponte, em Portugal, onde são os alunos quem determina a progressão dos estudos.

Sons e vozes lusófonas

Os ritmos da terra fazem ainda parte desta primeira viagem às geografias da Lusofonia, pelo olhar do Global Voices.

Trazemos à antena a música de intervenção social Hoje é um novo dia, lançada em Dezembro de 2013 juntamente com um convite ao encontro nas ruas do Rio de Janeiro com o lema “Mais amor, menos capital”. A música está originalmente num vídeo no canal de Youtube to Coletivo Carranca que reúne uma série de imagens de ruas ocupadas por milhões em protesto, no Brasil, ao longo do ano passado, na onda de contestação que ficou conhecida como a Revolta do Vinagre.

A Saudosa Maloca do sambista paulistano Adoniran Barbosa, pela voz de Eduardo Souza de Oliveira, especialmente para o documentário Enquanto o Trem Não Passa, é ainda parte desta imaginário sonoro, juntando-se à música “Malandra” do músico cabo-verdiano Bilan, a viver em Lisboa, em parceria com músico do Mali Madou Sidiki Diabate, cujo álbum integral pode ser descarregado aqui.

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