Polícia censura exibição de filme em bairro brasileiro

Policiais militares proibiram a mostra do documentário “Menino Joel”, em torno da morte de uma criança durante ação policial dentro do próprio bairro popular onde a sessão ia acontecer, no Nordeste da Amaralina em Salvador, Bahia.

Imagem publicada na página de Facebook Mídia Periférica acompanhando a nota de repúdio da Associação de Moradores do Nordeste de Amaralina.

Imagem publicada na página de Facebook Mídia Periférica acompanhando a nota de repúdio da Associação de Moradores do Nordeste de Amaralina.

No sábado, dia 3 de agosto de 2013, jovens da Associação de Moradores do Nordeste de Amaralina (AMNA) foram surpreendidos por policiais armados antes da sessão do projeto Cinemalóca no bairro. Os policiais alegaram que o filme incitava a população contra os policiais, segundo nota de repúdio assinada pela AMNA. Apesar de tentar negociar a mostra de um outro vídeo-documentário, os moradores do bairro tiveram a atividade cancelada pela polícia.

O filme “Menino Joel”, do diretor italiano Max Gaggino, traz depoimentos de familiares da criança de 10 anos, Joel da Conceição Castro, morto durante ação da polícia militar dentro do bairro do Nordeste da Amaralina em 2010. Em junho passado, Carlos Alberto Conceição, primo de Joel, também foi morto por policiais, o que gerou protesto nas ruas de Salvador.

Esse seria o terceiro encontro cinematográfico de rua Cinemalóca, promovido pela AMNA, cuja finalidade é “promover a discussão e a mobilização da comunidade entorno dos problemas da violência, das precárias condições de moradia e de abandono do bairro pelas autoridades públicas”.

http://youtu.be/z5mpkPCVpNs

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