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África: Celebrando a humanidade através de fotos e vídeos

Categorias: África Subsaariana, Oriente Médio e Norte da África, Egito, Gana, Guiné Equatorial, Madagascar, Moçambique, Senegal, Sudão, Zâmbia, Ativismo Digital, Desastre, Fotografia, Guerra & Conflito, Meio Ambiente, Mídia Cidadã, Mulheres e Gênero, Refugiados

Post original publicado no Global Voices em 26 de junho de 2012.

[Links em inglês, a não ser quando indicado de outra forma]

Um artigo publicado no site de notícias BuzzFeed [1], que se tornou viral em meados de 2012 e foi compartilhado cerca de 1,6 milhão de vezes no Facebook, apresentou 21 imagens propícias a restaurar a fé na humanidade [1]. Lamentavelmente, a África e os africanos ficaram fora desse artigo. Apesar dos esforços para mudar as narrativas existentes, o continente africano ainda é amplamente conhecido como maior beneficiário de ajuda internacional e o principal lugar para onde as ONGs internacionais se dirigem para “salvar” a frágil população local.

Embora não se possa negar as enormes necessidades do continente, o que frequentemente é esquecido em meio às inúmeras histórias humanitárias da região são as histórias de africanos que ajudam africanos. Ora, mas não faltam belos testemunhos do espírito humano do continente africano. Aqui estão algumas fotos e vídeos que mostram que “África tem coração” também.

Protegendo compatriotas durante orações no Egito

No dia 3 de fevereiro de 2011, em plena revolução egípcia, cristãos colocaram suas próprias vidas em risco para proteger muçulmanos que rezavam na praça Tahrir, no Cairo, em meio à violência entre manifestantes e partidários do presidente egípcio Hosni Mubarak. Para mais contexto sobre esse assunto, acesse os posts de nossa cobertura especial das manifestações no Egito [2].

Coptas egípcios protegem muçulmanos em 3 de fevereiro de 2011 na Praça Tahir – Domínio Público [3]

Coptas egípcios protegem muçulmanos em 3 de fevereiro de 2011 na Praça Tahir – Domínio Público

Deslocados internamente do Sudão recebem boas-vindas no retorno para casa

Refugiados de retorno à sua aldeia de origem, Sehjanna, após terem vivido por sete anos em um acampamento de refugiados em Aramba, foram acolhidos por familiares e amigos que haviam deixado para trás. O programa de repatriamento voluntário foi organizado pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e pela Comissão de Ajuda Humanitária Sudanesa.

[4]

Deslocados internamente recebem as boas-vindas no retorno à aldeia de origem. Foto no Flickr UNHCR (publicada sob licença CC – BY)

Resgate de elefantes em perigo de vida no Zâmbia

Relato na página do Norman Carr Safari [5], da Zâmbia: “A lagoa Kapani é uma fonte de água potável para os animais da região, mas também um lugar para se tomar um relaxante banho de lama. Lamentavelmente, um elefante ficou preso na lama ao visitar a lagoa. Os bramidos do jovem elefante atraíram a atenção de sua mãe [6], que se precipitou para salvá-lo mas acabou atolada também”.

Elephants stuck in mud. Image by Abraham Banda, Norman Carr Safaris [7]

Elefantes atolados. Foto de Abraham Banda, do Norman Carr Safaris

Team trying to rescue the elephants. Image by Abraham Banda, Norman Carr Safaris [7]

Uma equipe esforça-se para socorrer os elefantes. Foto de Abraham Banda, do Norman Carr Safaris

The elephant comes out of the mud. Image by Abraham Banda, Norman Carr Safaris [8]

O elefante consegue sair do atoleiro. Foto de Abraham Banda, do Norman Carr Safaris 

Superação conjunta após o ciclone que inundou Madagascar

O ciclone Giovanna atingiu a costa de Madagascar [9] [fr] em 13 de fevereiro de 2012. Classificado como categoria 4, com ventos de até 194 km/hora, arrancou árvores e postes de eletricidade. Oficialmente, noticiou-se pelo menos 10 mortes [10]. As duas principais cidades de Madagascar, Antananarivo e Toamasina, ficaram sem energia elétrica por um longo período, fazendo do Dia dos Namorados um dia de escuridão. O ciclone, todavia, não abateu o moral dos malgaxes, que mostraram grande resistência e ajudaram-se uns aos outros fora das áreas inundadas, ostentando seus melhores sorrisos.

Citizens helping each other and still smiling despite the flood during Cyclone Giovanna by Twitter user @aKoloina [11]

Malgaxes ajudam-se e sorriem, apesar da inundação provocada pelo ciclone Giovanna. Foto no Twitter de @aKoloina

O apoio a estudantes com necessidades especiais em Gana

Emmanuel Ofosu Yeboah [12], um atleta e ativista de Gana, nasceu com uma má formação grave na perna direita. Yeboah percorreu 380 kilômetros pelo país a fim de conscientizar e mudar a percepção das pessoas com deficiência, e abriu a Fundação de Educação Emmanuel [13], destinada a portadores de deficiência que são estudantes promissores.

Yeboah discussing overcoming disabilities with a child in a wheelchair. Screenshot from the documentary Emmanuel's Gift [14]

Yeboah Yeboah fala sobre superação da deficiência com uma criança em cadeira de rodas. Imagem do documentário Emmanuel's Gift

Festejo de eleições pacíficas no Senegal

Um final histórico para um período eleitoral tenso no Senegal, em 25 de março de 2012. Wade, presidente em final de mandato, foi derrotado nas eleições presidenciais após meses de manifestações contra o nepotismo e o autoritarismo de seu governo. Os senegaleses festejaram o fim pacífico do regime de Wade no centro de Dakar.

Demonstrators show their joy by Nd1mbee on Flickr, used with his permission [15]

Manifestantes demonstram sua euforia. Foto de Nd1mbee via Flickr, utilizada com sua permissão.

Protegendo a vida marinha em Moçambique

Janet Gunter apresenta uma ONG local, a Bitonga Divers, que tem o objetivo de proteger a vida marinha através da criação de vínculos positivos entre a proteção da fauna marinha, turismo e desenvolvimento econômico [16]. Abaixo, um vídeo sobre seu trabalho:

Vitória olímpica para a Guiné Equatorial poucos meses depois de aprender a nadar

Eric Moussambani Malonga [17], nadador da Guiné Equatorial, alcançou status de celebridade ao ganhar uma prova olímpica, apesar de nunca ter nadado mais que 50m antes das eliminatórias. Ele nadou sozinho quando os rivais da sua bateria foram desclassificados por terem queimado a largada. Eric confessa que os últimos quinze metros da prova foram muito difíceis para ele, como se vê no vídeo, mas sua determinação em vencer a prova valeu-lhe o reconhecimento do público.