Brasil: “Massacre do Pinheirinho” Causa Revolta e Comoção no País

No dia 22 de janeiro, a Polícia Militar de São Paulo (PMSP) e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) da cidade de São José dos Campos, no estado de São Paulo, invadiram a ocupação conhecida como Pinheirinho para cumprir uma ordem de reintegração de posse expedida pela justiça estadual. A violenta desocupação da comunidade ficou conhecida como “Massacre do Pinheirinho” após demonstração de violência e brutalidade por parte das forças policiais na expulsão e intimidação dos moradores despejados em meio a uma imensa confusão judicial.

Mulheres com crianças no colo deixam suas casas com o fogo das barricadas atrás. Foto de RDTEIXEIRA para o blog Vírus Planetário, sob licença CC

O terreno do Pinheirinho, ocupado há 8 anos e onde vivem mais de 1500 famílias, ou algo entre 6 e 9 mil pessoas, pertence à massa falida do especulador libanês Naji Nahas e de sua empresa, Selecta. Nahas, que já chegou a ser preso pela Polícia Federal por crimes financeiros, passou a proprietário do terreno no início dos anos 80 embora não exista informação sobre como foi feito o processo de aquisição após o assassinato nunca solucionado dos antigos donos, em 1969.

O governo de São Paulo havia exigido a reintegração de posse em meados de janeiro e várias idas e vindas na justiça transformaram o caso numa grande confusão com o governo federal disposto a comprar e regularizar o terreno, mas com a prefeitura e o governo de São Paulo se recusando a cumprir o acordo.

Porém a ordem para a reintegração de posse do terreno foi suspensa quando o governo estadual e federal entraram em acordo para abrir uma janela de negociação de 15 dias para que a prefeitura local pudesse decidir se iria em frente com a reintegração ou transformava o terreno de mais de um milhão de metros quadrados em área de interesse social, passando então a titularidade para os moradores, em geral trabalhadores pobres e suas famílias.

Tropa de choque em posição de ataque. Foto do perfil @PinheirinhoSJC. Uso livre

O acordo, porém, foi descumprido e, sem nenhum aviso, a PM chegou ao local com um efetivo perto de 2 mil policiais fortemente armados, além de um número ignorado de Guardas Civis para desocupar o terreno. Como era de se esperar, houve resistência.

Mesmo pegos de surpresa, os moradores tentaram armar barricadas, ateando fogo em carros, prédios públicos vizinhos e atirando pedras, demonstrando total desespero frente à ação despreparada e violenta da polícia.

A prefeitura de São José dos Campos, que em alguns casos tem pago passagens para que alguns moradores retornem às suas cidades de origem, em especial no nordeste brasileiro, tem alojado as famílias expulsas de suas casas em abrigos precários. Os moradores cadastrados receberam pulseiras de cor azul para permitir sua entrada nos abrigos disponíveis.

A ativista Paloma Amorim, no Facebook, denunciou a precariedade da estrutura para atender as famílias desalojadas:

As tendas armadas pela prefeitura e pelo governo, portanto, foram armadilhas para aglomerar e agredir famílias indefesas que estão há 7 anos ocupando o Pinheirinho, massa falida que só está neste momento sendo reivindicada em função da especulação imobiliária tão contundente nos últimos tempos no estado de São Paulo.

Vídeo que mostra o momento em que, no fim do dia 22, a PM avança sobre a população com extrema violência:

Questão judicial

Uma ordem judicial estadual, expedida pela juíza Márcia Faria Mathey Loureiro manteve a desapropriação do terreno pese uma ordem da justiça federal desautorizá-la. Na dúvida sobre a competência legal, coube à PM decidir continuar com a desocupação e ao Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Rodrigo Capez – irmão de um deputado estadual do PSDB, partido do governador e do prefeito envolvidos na desocupação do Pinheirinho – confimar a suposta legalidade da ação. O jornalista Marques Casara explica no entanto que uma ordem do Tribunal Regional Federal enviada diretamente ao comando das operações no Pinheirinho não foi levada em conta:

Existia uma negociação avançada para resolver o problema sem o uso da força. Por conta disso, por duas vezes, o Tribunal Regional Federal (TRF) cassou a liminar que determinava a reintegração de posse: na sexta feira e no próprio dia da invasão, domingo.

Depois, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Ari Pargendler decidiu que a ordem estadual prevaleceria frente à federal, apesar do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nacional, Ophir Cavalcante, denunciar como ilegal a desocupação. Em jogo a defesa da propriedade privada de um conhecido especulador versus o direito à moradia para a população carente no país e a função social da terra.

O Supremo Tribunal Federal foi acionado para tentar resolver a questão.

O blogueiro Fabrício Cunha comenta:

Quando esse tipo de interpretação do conceito de propriedade privada sobrepõe a dignidade humana, há algo de muito errado em nossa sociedade.

Quando uma prefeitura finge que não vê um número tão grande de pessoas e não as considera em sua gestão, há algo de muito errado com a política.

Quando um prefeito lava as mãos em silêncio diante de um fato que acontece debaixo de seus olhos, há algo de muito errado com um líder.

Moradora chora a perda de sua casa. Foto de Mariana Parra, sob licença CC

A urbanista Raquel Rolnik explica:

Milhares de homens, mulheres, crianças e idosos moradores da ocupação Pinheirinho são surpreendidos por um cerco formado por helicópteros, carros blindados e mais de 1.800 homens armados da Polícia Militar. Além de terem sido interditadas as saídas da ocupação, foram cortados água, luz e telefone, e a ordem era que famílias se recolhessem para dar início ao processo de retirada. Determinados a resistir — já que a reintegração de posse havia sido suspensa na sexta feira  – os moradores não aceitaram o comando, dando início a uma situação  dramaticamente violenta  que se prolongou durante todo o dia e que teve como resultado famílias desabrigadas, pessoas feridas, detenções e rumores, inclusive, sobre a existência de mortos.

As críticas aos motivos para a pressa na reintegração de posse e para a extrema violência contra a população se explicam pela imensa valorização do terreno nos últimos 8 anos e pela proximidade entre o dono do terreno e líderes políticos poderosos.

Vídeo da ativista Mariana Parra que mostra o início do severo espancamento e prisão do militante do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) Guilherme Boulos que foi levado ensanguentado para a delegacia por Guardas Municipais e do desespero da população frente à violência:

Neste link é possível assistir aos atos de violência contra o militante do MTST por outro ângulo e até o momento em que, ensanguentado, é levado à uma viatura. O famoso acadêmico português Boaventura Sousa Santos declarou, em vídeo, seu apoio à população do Pinheirinho, repudiando a ação violenta do Estado.

Mortos e Feridos

Não há confirmação oficial sobre o número de mortos ou de feridos. Por um lado a Polícia Militar e a Secretaria de Comunicação da Prefeitura de São José dos Campos informa que são poucos os feridos e não há nenhum morto, mas as diversas imagens comprovam que ao menos o número de feridos é elevado. A Agência de Notícias das Favelas apontou em 7 o número de mortos, ao passo que a OAB da cidade fala em vários mortos, inclusive crianças., e moradores chegaram a aventar entre 3 e 4 mortos ao longo do dia 22 de janeiro.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos compilou imagens do início da desapropriação do terreno:

De acordo com o ativista Pedro Rios Leão há denúncias de que a polícia e a guarda civil da cidade estariam sequestrando feridos e mortos para evitar que entrassem nas estatísticas oficiais. O capitão Antero, da Polícia Militar havia informado que não havia registro de mortos e tampouco de feridos graves no começo da noite do dia 22, porém os fatos começam a desmenti-lo, como por exemplo informou o Blog de Solidariedade à Ocupação Pinheirinho que um morador pode ficar paraplégico depois de ser atingido por bala da polícia.

A PM alegou não usar armas de fogo, apenas balas de borracha, mas as imagens tanto em foto quanto em vídeo mostram que a GCM usou pistolas com munição real contra a população.

Cartum de Carlos Latuff, sob licença CC

A doutoranda em Psicologia Camila Pavanelli criticou as ações recentes da polícia de São Paulo no caso Pinheirinhos e em outros:

Além da guerra contra as drogas – que, particularmente na cidade de São Paulo, assume contornos específicos de guerra contra os dependentes químicos -, o estado de São Paulo vem sediando também guerras contra estudantes e contra manifestantes que usam o espaço público para advogar por uma causa qualquer. A recente guerra contra os moradores (que amanhã serão sem-teto) do Pinheirinho não foge a esta lógica de transformação da polícia em exército de ocupação.

Vídeo do usuário DanPerseguim mostra momento em que a PM atira bombas e balas de borracha contra população desarmada dentro da área onde as famílias deveriam ser cadastradas para receber ajuda:

Um assessor da Secretaria-Geral da Presidência foi atingido por uma bala de borracha da PM e chegou a dizer que a Polícia Rodoviária Federal foi forçada a se esconder das balas atiradas pela PM. Está sendo compilada uma lista colaborativa com todas as denúncias de mortos encontradas.

A blogueira Cylene Dworzak resume o sentimento geral:

Acima de qualquer ideologia, este é um momento de muita dor pra muita gente.

E o blogueiro Gilson Junior completou:

São Paulo foi longe demais, São Paulo ultrapassou os limites da decência, legalidade e democracia.

O blog Diário Liberdade fez um apanhado de diversos vídeos e fotos, além de um resumo da situação do Pinheirinho, assim como o blogueiro Giambatista Brito. No Twitter, a tag #Pinheirinho tem sido muito usada para disseminar informações, assim como o perfil @PinheirinhoSJC é fonte recorrente de informações do local. Fotos e vídeos podem ser encontradas aqui, aqui, aqui e aqui.

Os jornalistas Felipe Milanez e Maíra Kubik Mano coletaram diversos depoimentos de moradores durante o despejo violento, enquanto o escritor e ativista Celso Lungaretti se perguntou o que faltava para o governo federal entrar na questão e tomar uma atitude frente aos desaparecidos, presos e desabrigados, ao passo que o blogueiro Gilson Sampaio afirmou que o governo e justiça de São Paulo precisam ser denunciados à OEA e ONU. Em entrevista à BBC Brasil, o coordenador do programa das Nações Unidas para o Direito à Habitação, Cláudio Acioly, afirmou que está havendo uma violação drástica de direitos no processo de desalojamento forçado no Pinheirinho.

O professor Chico Bicudo desabafa:

O Pinheirinho é agora um bairro-fantasma. As quase mil casas serão em breve demolidas. Com elas, cairão também os sonhos e histórias de vida de quase nove mil pessoas. A terra arrasada ficará por lá. Sem as casas, sem os moradores, mas finalmente de volta para seu “dono”.

No entanto, fala-se de possível responsabilização legal do prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB) e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pela extrema violência e possíveis mortes.

Foram ainda realizados atos de apoio ao Pinheirinho por todo o país, e neste álbum, de Thiago Moreira é possível ter acesso a dezenas de fotos do ato em São Paulo e no site do Coletivo Catarse um vídeo do ato.

A situação no Pinheirinho ainda é crítica. São milhares de desabrigados vivendo em tendas improvisadas, abrigos e igrejas, mas sujeitos à todo tipo de violação e abusos por parte da polícia.

149 comentários

  • Leandro

    Como sempre pessoas que estão totalmente fora de seus direitos são tratadas como “coitadinhas” perante uma situação. Com certeza essas pessoas não foram pegas de surpresa e foram emitidas diversas ordens judiciais para que deixassem a propriedade que não lhes pertence, tendo eles ignorado tais determinações do Poder Judiciário e ali permanecendo contra a lei. O que ocorre é uma absurda vitimização e inversão de valores onde uma autoridade delegada para o cumprimento da lei é hostilizada e tratada como inimigo por cumprir sua missão, sendo esta constitucional. Aposto que os invasores se puseram frente às casas e se recusaram a sair pacificamente. Diante disso as autoridades são embasadas legalmente para o uso da força, se necessária à preservação da paz e cumprimento “reto” da lei.

    • Tem razão, povo tem mais é que apanhar. Sobre decisões judiciais, recomendo se informar, havia um prazo de 15 dias para negociação. Governo federal queria regularizar terreno, mas prefeitura, movida por intere$$es – se recusou a cooperar.

      • José Henrique Barbosa

        Ou cumpre-se a lei, ou transforma-se tudo em novos paraísos de bandidos e traficantes.
        Pelo raciocínio do sr. Rafaell qualquer um pode invadir o que quiser, inclusive a própria casa desse (novamente) senhor.
        Meu caro Raphael, o sistema economico, político, social, etc. é o
        capitalismo. Se não quiser, vá morar em Cuba, na Coréia do Norte. Aposto que irás adorar.

        • José Henrique Barbosa

          Vou dizer-lhe algo: para mudar o mundo precisa-se da WORD, como estas, que estás a dizer e da SWORD, coisa muito difícil de fazer, pois implica sair da confortável posição sentado ao computador, onde se é rei num mundo de avatares, e enfrentar a polícia e o exército encarregados de manter o que contestas.
          Aliás, já pensastes que a Internet é uma conveniente forma de permitir revolta sem qualquer consequência para o objeto da revolta? Pense nisso, e na próxima vez vá enfrentar as balas e bombas. Aí, sim, acreditarei em você.

        • Rafael

          Engraçado que a lei só se cumpre com pobre. Claro q estão errados em invadirem o terreno, mas olhemos para as circunstancias q os fizeram morar lá. Mais errado está o governo em retirá-los desta maneira. Pq não fazem o mesmo com as dezenas de propriedades construídas em areas ambientais protegidas? Pq é só magnata q moram nessas áreas. Na vez dos pobres e miseráveis a atitude é essa. Pensamento muito mesquinho e infeliz com a desculpa do capitalismo. Nossa história é um pouco diferente.

        • A lei está a favor do especulador que quebrou a Bolsa do Rio de Janeiro em 89, e que deve R$15 milhões de IPTU. Imposto, dinheiro que devia ser utilizado em serviços para o POVO. O mesmo povo que foi expulso pela verdadeira gangue na qual a polícia de SP foi transformada pelo Sr. Governador. O mesmo povo, que viu uma juíza estadual, ignorar a ordem e a hierarquia da justiça federal, que havia anulado a reintegração de posse. Sim, o terreno foi invadido, mas será que a lei só funciona para os pobres, os miseráveis?! Será que todas as famílias de Pinheirinho eram, efetivamente, associadas ao tráfico de drogas? Ao crime organizado?!

          É realmente uma pena que esse tipo de assunto vire uma guerrinha estúpida de ‘socialismo vs. capitalismo’ ou ‘PT vs. PSDB’. O problema não são as legendas, os partidos. O problema são as pessoas, a falta de bom senso, humanismo, caráter, entre outras coisas básicas, porém, cada vez mais raras nessa sociedade doente.

          A lei está a favor da corja. Mas, um dia, a justiça está do lado do povo. Até lá, muitos inocentes vão pagar com a própria vida. Torça para que um desses não seja sangue do teu sangue. Eu torço. Pois minha maior virtude é ter consciência e compaixão até por aqueles que claramente desconhecem qualquer significado de humanidade já existente. É uma pena.

        • Edmar Junior

          Nem irei comentar o seu discurso sobre CAPITALISMO/COMUNISMO, porque não merece, foi totalmente parcial e sem nenhum sentido lógico ou fundamentado. Quantas obras leu de MARX? Pelo seu discurso, nenhuma!
          É DEVER do ESTADO e DIREITO do CIDADÃO, o acesso à moradia. Se esses moradores estavam ali, é consequência que o Estado, em dado momento, não cumpriu com suas obrigações legais, e sendo assim, deveria haver no mínimo o “bom senso”( até porque tais moradores estavam ali a anos), ter os mantido ali e cobrar impostos por isso (Que no Brasil, é o maior do mundo). O ESTADO nesse caso tenta “remediar”, o que por uma falha dele mesmo, não foi prevenido. UM ABSURDO!

      • Edgar Rocha

        Por favor leiam! É importante! Minha irmã e uns amigos estiveram lá hoje, 04/02, e a situação lá tá pior que no dia da invasão! Tá faltando tudo nos alojamentos! Alimentos, fraldas descartáveis, enfim… Tudo será bem vindo neste momento! Quem puder se organizar pra enviar algo, será de grande ajuda. Aqui em Itaquera, faremos o recolhimento na comunidade. Por favor ajudem! Já não fossem tão ruim as coisas, parece que ainda via piorar. Segundo minha irmã, há ordem para saída dos alojamentos até segunda-feira, tendo ou não aonde ficar. As famílias serão expulsas novamente. Melhor ficar de olho e continuar acompanhando. A via crucis desta gente ainda não acabou!

    • Marcio Lopes de Faria

      Meu amigo, vá ver em qual situação as pessoas se encontram lá para ajustar um pouco a sua noção de justiça. Não é possível o cumprimento da “Paz” e nenhuma retidão legal quando as própria lei e sua aplicação são tremendamente injustas. Hás situações tão calamitosas que ocorreram durante a operação que se considerarmos a dignidade humana e as leis que a regem superiores as leis que regem a Sagrada instituição da Propriedade Privada, veremos que o Estado de São Paulo e a Justiça de São Paulo estão sendo os verdadeiros criminosos.

    • Sergio Rauber

      Inacreditável o sem número de “doutores da lei” que passaram a se apresentar nste país. Provavelmente sequer têm um diploma de bacharel em direito. Muito menos passaram no Exame de Ordem e adquiriram capacidade postulatória. Não conseguem distinguir algo que é simples e óbvio: direito não é igual à lei e não é igual a Justiça. O direito à propriedade não se sobrepõe, não está acima, do direito à moradia e, ambos, devem submeter-se à um valor maior e mais fundamental: a dignidade. Tanto está equivocado, que deveria saber que a propriedade em questão não cumpriu a sua função social. Caso ainda não saiba, a função social da propriedade urbana é a edificação, o que havia o proprietário ali edificado? Nada! Portanto, não é justa a sua pretensão de reaver o imóvel e, mais justo o interesse dos ocupantes qu ali edficaram suas moradias. Não há propriedade legítima sem que cumpra sua função social.

    • Olga

      Caro Leandro,

      Seus argumentos são pobre e mostra o seu nível intelectual. A justiça serve para legitimar a ordem burguesa, oprimir os pobres, ser benevolente com os ricos… O suposto dono desse terreno fez fortuna roubando o Estado brasileiro, já foi preso pela PF, quase quebrou a bolsa de valores do RJ. Fora todas as questões, o direito a vida, a moradia , a dignidade esta acima do direito a propriedade privada. Soh posso sentir pena de gente com vc, quem não tem sensibilidade social, que nao consegue olhar para o proximo e sentir compaixão…

      • juliano ortiz

        Senhora olga vejo que a senhora que esta equivocada em afirmar que a justiça serve para legitimar a ordem burguesa e oprimir os pobres e ser benevolente aos ricos.Esse tipo de discurso comunista socialista esta falido e a senhora com certesa nunca passou por esta situação, onde moradores (invasores),donos legitimos(legal ou moral),tivessem que se sujeitar ao descaso tanto da justiça quanto de seus governantes então dona OLGA não me venha com esse discurso por que falar de dentro de seu apartamento ou casa é muito facil mas oque realmente a senhora faz pra que isso tudo um dia mude.Posso lhe dar uma dica se quiser…

        • Hélio

          Senhor Juliano,
          Mais equivocado que o senhor neste momento não tem como ficar. Isso está longe de ser um discurso comunista/socialista. Foi um discurso de uma pessoa que tem o mínimo de humanidade aceitável para uma sociedade, que se sensibiliza com pessoas que estão sofrendo atos de crueldade da justiça paulista. Pessoas como você Juliano que fizeram São Paulo eleger esse tipo de corja que rege aí há mais de 16 anos, que tenta colocar uma venda nos olhos da população através da mídia que aí age. Por favor, tente se esclarecer melhor sobre a situação dessas pessoas e do Estado e pare para pensar.

        • Diego

          E o que você faz? Na mesma posição confortável que a Dona Olga está?

          Não há argumentos contra fatos. Esse cara ROUBOU, (você leu isso direito?) o estado.

          Claro, retomando as terras e vendendo, ele paga parte da dívida com o estado, afinal por que você acha o SP passou por cima de ordens judicias federais?

        • Cíntia B

          O estado capitalista que são paulo insiste em ter como modelo é que não existe mais, está ai, falindo por todo o mundo. Acho que vcs estão trabalhando demais e virando automátos, incapazes de ver que essa idéia de felicidade não tem a menor condição de ser realizada. Pena, mais de vcs do que dos moradores de pinheirinhos, porque vcs, explorados que são, e disso tenho certeza, não são capazes de ver nem a própria miséria!

      • juliano ortiz

        Ja ia me esquecendo dona OLGA esses coitadinhos que a senhora tanto defende que realmente existem mas que não são a sua maioria,muitos foram presos no dia da ocupação com vasta quantidade de armas munições e drogas se a senhora tem tanto dó dessas pessoas as quais me refiro porque não as leva pra morar com a senhora, dai quem sabe a senhora viveria realmente o seu disurso falso moralista.

      • Milton

        Esse tal de Leandro ou é “puliça” ou é um pobre baba ovo de rico.

      • Olga, ignore as respostas de pessoas endurecidas e alienadas, veja que resposta maravilhosa o Sérgio deu acima, elucidando a diferença entre lei e justiça. É muito dolorido perceber sentimentos endurecidos nestas horas. Até porque aquele terreno deveria estar com o estado e servindo para solucionar mesmo este problema social – a falta de moradia – que todo sistema capitalista causa. Até nos EUA tem sem tetos, é do sistema. Este terreno era do estado já, porque sua família morreu toda sem herdeiros em 1969, o grande mistério é como este grande corrupto do Naji Nahas conseguiu colocá-lo em seu nome em 1981. Ainda mais para servir para uma empresa laranja que nunca teve um funcionário sequer, ou seja, nunca teve função social mínima.

    • Não tenho dúvidas de que os “coitados” de Pinheirinho estavam fora de seus direitos: o direito à moradia e à dignidade foram absurdamente atropelados em um contexto em que aquelas pessoas exerciam a função social da propriedade. É aquela mesma que, embora esteja lá escrita na Constituição, parece estar esquecida pelas autoridades públicas dessas paragens, especialmente na hora das forças da ordem cumprirem suas “missões constitucionais”.

      As autoridades, muito antes de estarem “embasadas legalmente” para o uso da força, também estavam para o uso do aparato estatal em prol dos direitos sociais que são meus, seus e daqueles trabalhadores também. Acima da sua abobrinha legalista, existe uma opção política, só não vê quem não quer.

    • Silvia

      É verdade! E sabe do pior? 90% dessa população são traficantes e bandidos. Só fica com dó dessas pessoas quem não mora aqui por perto, pois eu moro e sei como está sendo pavoroso o medo de sair na rua e ser assaltada por essas “pessoas” que estão revoltadas, estão saqueando lojas e tudo mais nas regiões centrais de SJC!

      • Victor Hugo

        Você tá falando sério, dona silvia? ou é algum troll. Difamar pessoas é fácil. Não ouvi nenhum comentário a respeito disso em outro lugar. Nem o governo nem a prefeitura mencionaram isso. Traficante e bandido tem em toda parte, inclusive, o dono do terreno, é notório e conhecido ladrão e estelionatário, e aquela área é suspeita de ser dele por grilagem… Com um vizinho desses, o que esperava?

      • Ana Annegues

        Sério? Onde você conseguiu essa estatística? No JN?

      • José Paulo

        E quem trabalha , paga imposto e RESPEITA A DEMOCRACIA, tem seu carro queimado pelos “coitadinhos”…. de onde sai tanto dinheiro para comprar tanta gasolina????
        Quem mora na região a mais de quarenta anos sabe exatamente quem são os bandidos que estão por trás disso… perderam a excelente fonte de renda para pois cada família pagava no minimo R20,00 para o movimento. CADE ESSE DINHEIRO AGORA?????
        Tem um monte de pessoas comovidas pelas imagens de crianças e mulheres desesperadas na reintegração de posse, mas não percebem que essas pessoas não são vitimas dos bandidos que prometeram que se elas pagassem o “condomínio” ganhariam suas casas.
        Moro em um bairro ao lado, vi essa invasão começar e conheço muita gente que vivia la dentro, entrei varias vezes la, e pude ver pessoas vivendo na miséria enquanto os “lideres do movimento” montavam comércios e cercavam terrenos com mais de mil metros a beira da rodovia Geraldo Scavone… para garantir no futuro um bom valor de venda!
        Queimar carros, saquear comércios e prédios públicos… isso não é CRIME???? Quem esta fazendo isso????
        Garanto que não são os pobres coitados que estão sofrendo muito com tudo isso!!!! São os bandidos que perderam sua fonte de renda e seu investimento no futuro!!!!
        A varia formas de corrupção… e o que havia la é uma delas!!!!
        Se vc de fato acredita na democracia, aprove esse comentário.

      • Não são traficantes. Trabalhei na EMEF Norma de Conti por seis anos, agora sou professora federal, mas tenho ainda amigos educadores que possuem alunos de lá de dentro. São ótimos, educados, famílias trabalhadoras mesmo. A conta é ao contrário, 1% é de bandidos. Mas bandidos tem até na família do Serra, na Privataria Tucana tem as provas, que aliás, são públicas, não correm em segredo de justiça. A imprensa corrupta que não divulga.
        Veja este vídeo, escute ao jurista:
        http://noticias.r7.com/jornal-da-record-news/2012/01/27/reporter-se-emociona-ao-entrevistar-as-familias-expulsas-do-pinheirinho-sp-2/
        E leia este blog, informações verdadeiras são sempre importantes, para não sermos instrumentos de manobra dos poderosos corruptos:
        http://blogln.ning.com/forum/topics/naji-robert-nahas-privataria-tucana-a-cesp-e-a-a-o-dos-tr-s-1?page=1&commentId=2189391%3AComment%3A937959&x=1&xg_source=facebookshare

    • marcos

      Hay que recrudecer mas perder a ternura jamais,sua excessiva racionalização me faz pensar que falta Deus em teu coração, amigo! Cuidado vc pode ser o proxima vitima da injustiça!! Pois a mesma “Justiça” já não existe a muito tempo..

    • Eduardo

      É impressionante que palpiteiros de direita, (de)formados por sua dieta cotidiana de Reinaldo Azevedo e outros lixos fascistas, tentem reduzir uma questão social complexa a um legalismo barato e desinformado. Que esse Leandro pelo menos leia a Constituição do seu país, que tem o direito à moradia entre seus direitos fundamentais. Sem falar que, claro, se trata um dos direitos humanos reconhecidos pelas Nações Unidas desde 1948. Não há direito, Leandro, senão na tensão entre leis diversas, assim como, sobretudo, entre desejos e necessidades diversos. Mas provavelmente você, Leandro, já saiba disso – e só esteja aqui exercitando o seu tesão por farda, coisa bastante comum em direitosos.

    • Fabio

      Impressionante diante de tantas cenas de selvageria ainda ter que ouvir este comentário infeliz do Senhor Leandro falando de cumprimento “reto” da lei. A natureza irá encarregar de te julgar caro Leandro, isto vai. No minimo uma bala na tua cabeça, como foi com Hitler.

    • Acabei de ler na Carta Capital, sobre a origem das terras, começa tudo errado:

      “O primeiro: as terras, que medem mais de 1 milhão de metros quadrados e atualmente são avaliadas em 180 milhões de reais, pertenciam a um casal de alemães assassinados em circunstâncias até hoje não esclarecidas. Eles não possuíam herdeiros.

      O segundo mistério: ninguém ainda soube desvendar como a área passou das mãos do Estado, responsável automaticamente pelas terras após a morte do casal, para a gama de propriedades da Selecta, a empresa do megaespeculador Naji Nahas.”

      http://www.cartacapital.com.br/sociedade/naji-nahas-tem-interesses-no-despejo-de-moradores-afirma-protogenes/

      Com isso, cai por terra qualquer argumento de “direito legítimo à propriedade”, ainda que esse fosse o critério a ser adotado por uma sociedade humanizada como prioridade sobre o bem-estar do ser humano, seja o cidadão pobre ou rico.

    • Cíntia B

      Coitadinho é vc, que certamente é explorado e continua incapaz de ver a própria miséria. Trabalha quantas horas por dia pra pagar sua casinha? apoio e espero as ocupações! Lei nunca resolveu nada, nem racismo, nem qualquer outro tipo de preconceito, são paulo agora nem disfarça: limpar, expulsar, essa é a lei. Fora isso ser facismo, o maior problema é que esse modelo não funciona, tai o primeiro mundo todo falindo, e vcs incapazes de procurar para si uma outra solução, reinventar as noções de justiça e felicidade. Amanhã de manhã, quando vc for trabalhar, tenta pensar nisso quando estiver expondo seu carrinho no engarrafamento. E tenha um bom dia…

    • Danilo

      Leandro estas pessoas tem o direito constitucional ao respeito, dignidade e a moradia. É uma pena que você não respeite nem a constituição do nosso país! As terras que ocupavam eram de um bandido engravatado que provavelmente as adquiriu roubando o seu dinheiro Leandro!

    • Leia a entrevista com um jurista, sempre estamos aprendendo sempre na vida, Leandro, veja com atenção e medite depois:
      http://www.blogcidadania.com.br/2012/01/leia-entrevista-com-o-advogado-dos-flagelados-do-pinheirinho/

    • Marcela Carvalho Baiocchi

      Amigo, faça o favor de se informar
      http://www.advivo.com.br/node/773000

    • Augusto Cézar

      Acho que todo cidadão deveria ler a nossa Constituição Federal, principalmente antes fazer comentarios condenando o seu semelhante
      sem ter responsabilidades nas palavras, Embora pobre e invasores, isso não os torna criminosos e nem sem direitos, a CF 88 é diz: a propriedade tem que ter um fim social.
      Importante salientar que a Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade) determina que as áreas urbanas com mais de 250 metros quadrados ocupadas ininterruptamente por mais de 5 anos por população de baixa renda, sem que se possa identificar as respectivas áreas de cada possuidor, podem ser objeto de usucapião coletivo, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. Assim como as demais espécies de usucapião, a modalidade coletiva deverá ser declarada por sentença judicial a ser registrada no competente Cartório de Registro de Imóveis para a transmissão da propriedade.

      ainda que a reitegração de posse fosse coreta (pois esta é nebulosa) os invasores não podem ter seus bens subtraidos como foram.

    • Caio

      Gente alienada é dureza … esse terreno já estava ocupado a mais de 8 anos filhão .. e de repente decidiram INVADIR para tomar o terreno, digo invadir pq o terreno não pertencia mais a ninguém … oq acontece é que o valor imobiliario do local cresceu … e ai invadiram por que interessou ao um tal individuo corrupto, que foi citado no video …

    • Auri

      “Preservação da paz”!? É uma piada????? Você tem moradia???? Tem filhos, sobrinhos, dependentes???? Tem emprego e salário digno???
      Quem sabe se você não tivesse condições de ter e dar uma vida digna para os seus pensaria diferente. Se colocaria no lugar dessas família que não têm seus DIREITOS assegurados, tais como, moradia digna, acesso à escola e saúde de qualidade, lazer, alimentação. Já parou para analisar o que se passa na cabeça de um pai e/ou mãe de família nessa situação!? Para onde levar meus filhos!? o que dar para meus filhos comerem!? Criticar quando se tem uma vida estável é fácil. Usar de empatia e se colocar no lugar do outro, ah, isso é muito difícil.

    • Edmar Junior

      Acesso à MORADIA É DIREITO DO CIDADÃO E DEVER DO ESTADO, à partir daí, os moradores tem o “DEVER” de pagar os impostos. Ou seja, o Estado não cumpriu o seu dever legal e quer remediar em nome própria legalidade, uma falha dele mesmo. UM ABSURDO!

  • Matheus

    É inacreditável a falta de compromisso dessa reportagem com a verdade. Ninguém foi morto, houve apenas alguns feridos. Onde está o massacre? Não existe nenhuma revolta ou comoção no País. O processo tramita há mais de sete anos e todos os recursos foram esgotados. Não há dúvidas sobre o cabimento da reintegração, objeto de decisão judicial. A medida trará benefícios para os credores da massa falida, e não para o empresário. Até o momento a União não havia tomado qualquer medida para ajudar. Acreditam que agora iria ser feito algo? É muito bonito esse argumento da prevalência da dignidade da pessoa humana frente à propriedade. Quero ver se será usado quando invadirem o imóvel daqueles que se valem dessa tese.

    • 1. A matéria não fala em nenhum morto, mas apenas o que se AVENTA, ou seja, conjecturas. O texto está claro. releia.

      2. O massacre? Veja os vídeos, não dói.

      3. É mesmo? Você vive em que país?

      4. Sim, há duvida, tanto que a justiça FEDERAL mandou parar com a reintegração e havia um processo de negociação que o governo de São Paulo quebrou.

      5. A Uniãoestava negociando, leia as notícias sériase não só o que mostra a Globo.

      6. Exato, é um argumento bonito e, bem, difícil discutir com quem acha que propriedade está acima da vida. Aliás, experimente matar pra proteger sua casa, você vai preso. A lei é essa, sinto lhe informar. Ah, e esse seu argumento dá dores de tão batido e simplista.

      • Tiago Dagostin

        Meu caro, discordo completamente do item 6 da tua resposta. Se você matar alguém pra proteger a sua vida aí sim você vai pra cadeia. Digo isso pois pra você poder defender a sua vida você deve provar que ela estava em perigo em primeiro lugar, caso contrário a acusação contra você é de homicídio doloso. Se você defender seu patrimônio o simples fato da pessoa ter invadido a sua propriedade já caracteriza prova o suficiente para essa defesa.

        • Errado. Você só pdoe matar para defender sua vida. Sua casa invadida não entra na lista. Só se você for ameaçado durante a invasão.

        • Victor Hugo

          O direito à moradia, e à adquirir a sua propriedade para tal, é um direito fundamental, que se sobrepõe ao direito de um dono, ou dos credores, para os quais aquele terreno é só mais um dentre muitos, não sendo então, direito fundamental. É excedente. O cara tem direito inviolável à sua moradia, e não estão invadindo a moradia do dono da área, ou dos seus credores. O direito de edificar sobre um terreno e dar fim social, se sobrepõe ao direito de um deter uma propriedade sem uso social, improdutiva, apenas para especulação imobiliária. Ainda mais tendo conhecimento do fato de que a área na verdade, não tinha donos, porque eles foram assassinados, parou na mão do estado, ou seja, pertencia á população, preferencialmente aquela propria população que já tinha mesmo tomado posse de terras públicas… como o estado foi vender aquela área para o dito cujo atual dono? ok, e ainda por cima ele faliu, e os credores? são o municipío? ou seja, mais uma vez, a área é pública! ninguém invadiu terreno de ninguém. O terreno no fim das contas, vai ser do municipio, quando tudo transitar em julgado. Reitegração de posse pra que?

        • Primeiro: aquele terreno não era do Naji Nahas. Segundo:não tinha função social desde 1969, quando os donos reais morreram e quando o Naji Nahas – misteriosamente- passou para o nome dele, também não deu função social. Quem deu? As famíliasderam ao construir suas casas lá.
          Mas eu não sou uma grande jurista aposentada, veja aqui um jurista que teve uma vida íntegra e lúcida, falando:
          http://noticias.r7.com/jornal-da-record-news/2012/01/27/reporter-se-emociona-ao-entrevistar-as-familias-expulsas-do-pinheirinho-sp-2/

      • Matheus

        1) A justiça federal não manda sobre a estadual. Vide decisão do STJ.
        2) Tenho conhecimento dos detalhes do processo. Não havia qualquer negociação de órgãos federais. Se houvesse mesmo interesse, isso já teria ocorrido. Às vésperas da reintegração é que surgiu um “protocolo de intenções” e um simples ofício do Ministério das Cidades. Coisa vaga e insuficiente para alterar a questão.
        3) É óbvio que a propriedade não está acima da vida. Mas ainda é um bem jurídico defendido pelas leis e muito prezado por toda a sociedade. O respeito às decisões judiciais também é fundamental, sob pena de voltarmos a épocas primitivas em que valia a lei do mais forte.
        4) É claro que era preferível uma outra solução, que evitasse tirar as pessoas de lá. Como isso não ocorreu em mais de 7 anos, não havia outra alternativa a não ser cumprir o que foi deliberado conforme a lei. Reclamações devem ser dirigidas contra a postura da prefeitura e dos demais órgãos de governo durante o tempo, não contra a execução de comando judicial definitivo, contra o qual não havia mais recursos.

    • Marcio Lopes de Faria

      Não há nenhuma comoção? Faça-me o favor, em todas as redes sociais os comentários de indignação abundam. Os maiores credores da Massa Falida são o Governo Federal que está disposto a abrir mão dela em favor dos moradores e mesma prefeitura que deveria zelar pelos direitos das pessoas que moravam na ocupação.

      Agora a prefeitura vai ter que arcar com processos por abusos de todos os tipos contra a dignidade humana das pessoas que moravam ali!

      • Milton

        Eu recomendo que toda pessoa que levou tiro de borracha, entre na justiça com pedido de indenização, o Estado de São Paulo não tem como provar que a vítima estava merecendo bala. Qualquer 10 mil reais já tá bom.

    • Marcelo Santos

      Será que você também é parente do deputado que é irmão do juiz que defende reintegração de posse de terra que Naji Nahas se apropriou indevidamente para somar a outros crimes que foi condenado? Conta para nos qual lógica de invadir terras que eram habitadas há mimais de 5 anos, com despacho que prevê enfrentamento da PM com a PF… DESPACHADA NO SÁBADO… Tem algo de bem podre. Você esta envolvido?

      • Matheus

        Você é que deve responder a questão. Qual a lógica de invadir terras que não são suas? Pouco importa que é o dono. Fato é que o imóvel particular não pode ser ocupado por outras pessoas. É preocupante que no Brasil se aceite apossamento indevido de terras alheias por pessoas supostamente necessitadas sob o pretexto de não haver outras alternativas. A ordem iria ser cumprida na terça-feira passada, para sua informação, logo a determinação é muito anterior ao sábado. O último despacho foi apenas para que a PM não tivesse dúvidas sobre a vigência da decisão.

        • A terra tampouco pertence ao Nahas, ela é do Estado. Nahas a grilou nos anos 80 e ficou como se fosse dono. E sim, direito à propriedade dá direito a ocupar terras.

        • Victor Hugo

          Pelo que se sabe esse imóvel praticamente não é particular mais, é público, já que as terras pertenceram ao estado, e agora o credor é o municipio, e o interessado em comprar era a união. Duro de entender é porque o estado vendeu esse imóvel a um ladrão estelionatário ao invés de lotear o terreno e vender aos interessados em morar lá, que daria muito mais dinheiro… E é exatamente o que estão querendo fazer agora… Só que para moradores ricos, endinheirados, e não para o povão que estava por lá…

  • Gabaldi

    Noticia mentirosa e estapafurdia. Péssimo jornalismo.

  • Excelente postagem! É preciso muito cinismo pra se colocar ao lado de um bandido como Naji Nahas e a Justiça (sic) mal caráter e vendida do estado de São Paulo.

    Parabéns ao autor do post!

    O comentário de Ricardo Boechat sobre o caso Pinheirinho é excepcional e merece ser ouvido:

    http://bit.ly/wrzU97

  • Ottoniel

    É incrivel como essa materia é tendenciosa….NÃO HOUVE MASSACRE E NEM MESMO MORTOS.

    Isso por si só já desmonta qualquer argumento

    PÉSSIMO JORNALISMO…É POR CONTA DESSA PARCIALIDADE QUE PRA SER JORNALISTA NÃO É PRECISO NEM DE DIPLOMA, BASTA SER UM ‘BLOGUEIRO’ FINANCIADO PELO GOVERNO FEDERAL

    • O Global Voices não exige diploma, pra começo de conversa e, no mais, eu sou oposição aogoverno. Se informe, não diga asneiras. O resto? Só lamentando a ignorãncia.

    • rubens

      meu caro , estamos falando de pessoas , este governo de São Paulo, está brincando com as pessoas ,e claro que temos que cumprimos os ditames da lei, mas convenhamos isso , é uma falta de democracia…

    • André Carrilho

      Isso é fantastico um pais q nos pagamos 60% imposto para viver nele e ver todo e ter q ficar quieto ,nem no tempo que Jesus Cristo esteve na terra tinha tanto imposto , por isso tudo isso é fantastico.

    • Definição de massacre no Houaiss

      (destaquei com —-> a parte que interessa, sentido figurado; por isso, as aspas em “Massacre no Pinheirinho”):

      Massacre
      Datação
      c1596 cf. PFrias

      Acepções
      ■ substantivo masculino
      ato ou efeito de massacrar
      1 morte (de pessoa ou animal) provocada com crueldade, esp. em grande número, em massa; chacina
      —->>>> 2 Derivação: sentido figurado. Regionalismo: Brasil.
      ato ou efeito de apoquentar ou de torturar mentalmente; afligir, cansar, estafar

      Etimologia
      fr. massacre (c1150) ‘ato de causar a morte de muitas pessoas ou animais’, (1520) ‘bandido, criminoso’, (1570) ‘ato de desmembrar um veado’, (1675) ‘ato de executar mal um trabalho’; f.hist. c1596 massacra, 1858 massácro, 1881 massacre

      Sinônimos
      açougagem, carnagem, carniça, carniçaria, carnificina, ceifa, cevadura, chacina, clade, extermínio, gazir, gaziva, gazua, hecatombe, imolação, mastigada, matança, mortalidade, mortandade, morticínio

      Homônimos
      massacre(fl.massacrar)

      Gramática
      voc. consid. gal. pelos puristas, que sugeriram em seu lugar: morticínio, carnificina, matança, humilhação, estafa, abalo moral

      Segundo o aulete:

      (mas.sa.cre)
      sm.
      1. Ação ou resultado de massacrar, de matar (pessoa ou animal) cruelmente; CHACINA
      ——->>>>> 2. Bras. Fig. Ação ou resultado de abalar psicologicamente, aborrecer ou humilhar alguém: O interrogatório foi um massacre para o acusado.
      [F.: Do fr. massacre. Hom./Par.: massacre (sm.), massacre (fl. de massacrar).]

    • Não é, é verdadeira! Tenho amigos educadores, que tinham alunos de lá, que foram para lá e viram feridos e souberam de outros desaparecidos. Tenho amigos enfermeiros, que trabalham no hospital municipal próximo, da Vila Industrial, e que viram e atenderam feridos, MAS receberam ordens para não falar para a imprensa sobre isso. Tenho amigos educadores que viram tudo que está na matéria acima e até coisas piores, como policiais municipais atirando em crianças. Tem uma criança que talvez fique com o rosto deformado. Você acha que houve tempo para uma grande produção de vídeo? O pessoal de uma Ong de comunicação, comunicadores populares fizeram o vídeo: Massacre do Pinheirinho, vale a pena espiar.

  • Vladênia

    Engraçado… Acusam a matéria de ser tendenciosa, de faltar com a verdade, mas o próprio PSDB nacional está colocando a culpa deste desastre no TJSP e culpando o Governo Federal por descaso.
    Ademais, já existem várias acusações de que o terreno em questão era do estado e por um motivo que não se sabe foi parar em mãos de um particular.
    Povo falso, que não está nem aí para os direitos humanos e só de preocupam com a cor ou partido que defendem. Caráter não tem partido! Lembrem disso.

  • Desculpa, mas tenho que falar: pra quem critica os movimentos de moradia falando com arrogância que as pessoas “invadem terras”, que estão erradas, blá, blá, blá, fazendo as vezes do governo tucano, sinto informar-lhes mas vc levou gato por lebre. Vc comprou, alugou, herdou, uma área que foi invadida há mais de 500 anos. Ah, mas claro vc se beneficiou do usucapião não é mesmo. TERRA E LIBERDADE!!!

  • José Roberto

    Cumprir uma ordem judicial num domingo às 6h da manhã com todo aquele aparato policial e bélico não é razoável nem moral, considerando que não se tratava de um embate contra criminosos. Havia ali famílias, com crianças e idosos. Só fascistas podem dar apoio a esse uso desproporcional da força.

  • Vera

    Os comentários daqueles que tentam defender o indefensável demonstram a insensibilidade primária: respeito à vida é dialogar e tentar atender as necessidades de todos os envolvidos. Se houve vontade política de fato toda a complexidade desta situação desafiadora poderia ser resolvida: os moradores endereçados para locais dignos, oferecidas oportunidades de moradia acessível, os desempregados reintegrados etc. etc. e os credores da massa falida contemplados.
    Não dá para resolver um problema criando outro. É inadmissível pensar que o mundo de hoje requer soluções binárias para problemas complexos. Dá trabalho? Claro que dá.
    A crítica é justamente pela falta de inteligência dos poderes públicos que demonstraram incapacidade de viver no século XXI, nem de fazer o básico que é governar para todos daquela municipalidade, do Estado e do país, pois aqui erraram todos. Afinal, são 8 anos. Inadmissível o que aconteceu. Quero ver o que vão fazer para consertar o impacto que já foi criado principalmente nas CRIANÇAS!!!! Cambada de irresponsáveis.

  • Ana Annegues

    Ótima matéria, Tsavkko. Essa é a política higienista do PSDB que há anos se recusa a cumprir a lei. Ah e esse argumento do “ah não gosta, abriga eles na sua casa” já tá mais do que batido, hein? Típico argumentozinho da classe média abastarda. Mas tudo bem, continuem nos seus apartamentos em frente ao notebook fingindo que são liberais. Tão ruim quando quem se acha revolucionário e Che Guevara, é quem defende essa ação sob o manto da “ideologia liberal”.
    E antes que falem que ninguém entende de Direito, vários juristas compartilham da mesma opinião, que houve completa falta de legitimidade nessa ação ;)

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