Este post faz parte de nossa cobertura especial Europa em Crise.
Durante os protestos globais que ocorreram em mais de mil cidades e 82 países em 15 de outubro, os manifestantes congregaram-se em torno do lema “Unidos pela mudança global”, para demandar seus direitos e uma democracia real. A Internet recebeu uma enxurrada de vídeos [es] convocando milhares de cidadãos que discordam com as políticas de cortes sociais e com a submissão de governos ao mercado e às corporações financeiras.
@democraciareal: ¿Piensas quedarte en casa y leer lo que ha sucedido en los libros de historia? ¿o quieres ser partícipe y vivirlo? # yosalgo15O #15Oready
No caso específico da Espanha, a lista de pontos de encontro foi bastante longa, como mostra a imagem abaixo:
Nas maiores cidades do país, a presença popular foi enorme, alcançando 500,000 pessoas em Madri e 350,000 em Barcelona. As ruas dessas cidades ficaram repletas de cartazes, ideias e pessoas revoltadas com as medidas neoliberais. As duas manifestações ocorreram de forma pacífica, e as praças exalaram o sentimento de união para uma mudança global, uma mudança de mentalidade.
Os veículos de imprensa mais conservadores da Espanha, que têm desinformado seus leitores desde que o movimento #15O começou, foram à venda nas ruas do país com as seguintes matérias de capa:
@MikelSB: Acabo de ver la portada de #ABCbit.ly/nAqieS ¡Lamentable manipulación! Sacan la única manifestación con incidentes del #15o
Pedro J. Ramírez, diretor do jornal El Mundo [es], conduziu uma enquete no Twitter que sugere a posição que a imprensa conservadora quer conferir ao movimento global por mudança: ora localiza o 15M na extrema esquerda, retratando-o como violento, ou minimiza as milhares de pessoas que foram às ruas.
@pedroj_ramirez: Q opináis? a) El 15M generará nuevo partido de izdas. b) El 15M derivará en violencia antiRajoy. c) El 15M seguirá lúdico e irrelevante.
Como foi possível ver nas capas do dia seguinte, em 16 de outubro [es], nem todos os jornais compartilharam as mesmas manchetes, nem tampouco engajaram-se em censura de informações, ao contrário de outros jornais citados anteriormente.
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