Desmatamento em Gana e o que a China pode aprender com a França?

Em tempos de globalização e comércio internacional, o desafio de como proteger o meio ambiente ao mesmo tempo que o crescimento da economia é garantido parece ser um problema enfrentado por muitos países. Nesse artigo oferecemos um reflexo disso, primeiro em Gana através da postagem ‘Sweet ‘n Sour’[En] (Doce e Azedo) e na China com ‘What China can learn from France’ [En] (O que a China pode aprender com a França).

Rory Williams do blogue Carbon Copy [En] mostra que um dos efeitos negativos do acordo assinado entre a China e Gana era que a China ficou de construir uma barragem hidrelétrica de 400MW e Gana ficou de fornecer cacau a China – desmatamento imenso. Rory também inclui alguns fatos importantes sobre o lado ‘amargo’ do acordo.

…originally forests covered 36 percent of Ghana’s territory but by 2000 this had shrunk to just 10 percent. Forest clearing in Ghana is also a result of urban sprawl, export of timber, and use of wood for domestic fuel. Despite planting 10,000 hectares of managed forest a year, logging is taking place at an estimated 5 times the level it should be for sustainability.

…originalmente, as florestas cobriam 36 por cento do território de Gana mas até o ano 2000 houve um encolhimento restando apenas 10 por cento. Desmatamento de florestas em Gana é também consequência de crescimento urbano, exportação de madeira e o uso de lenha como combustível doméstico. Apesar de ter reflorestado 10.000 hectares de por ano, extração está ocorrendo a um nível pelo menos cinco vezes maior do que deveria ser para manter a sustentabilidade.

O conceito de Green GDP [En], um índice de crescimento econômico considerando as consequências desse crescimento, é mencionado na postagem ‘O que a China pode aprender com a França’ [En] de Jianqiang Liu do blogue China Dialogue (para obter um histórico da idéia do Green GDP e a necessidade de sua adoção na China, leia essa postagem [En] do China Dialogue’s Ma Jun). Jianqiang Liu argumenta de forma irrefutável a favor da necessidade da China tirar lições das leis da França relacionadas à proteção do meio ambiente, o que oferece um precedente no tratamento de um grande número de problemas ecológicos.

The significance of the charter is that no other law may contradict it. By contrast, China’s environmental laws are numerous and of little use. There are no consequences for companies or local governments that ignore them, which they continue to do. Enshrining the principles of environmental protection and sustainable development in the Chinese constitution would give them unprecedented legal status as well as symbolic power.

A importância do conceito é que nenhuma outra lei o contradiz. Em contrapartida, as leis de meio ambiente da China são numerosas e pouco úteis. Não há consequências para empresas ou governos locais que as ignorem, o que continuar a ser feito. Santificar os princípios de proteção do meio ambiente e desenvolvimento sustentável na constituição chinesa dariam a eles um status de lei sem precedentes, assim como um poder simbólico.

Por fim, mas com a mesma importância, também do China Dialogue vem uma postagem sobre a terceira liberação da Índia – uma economia que beneficia os pobres e protege o meio ambiente. A forma com que isso pode ser alcançado é esboçada por John Elkington [En]. Além disso, ele se pergunta se a Índia pode se aliar à China em um novo ‘eixo de sustentabilidade’.

(Texto original de Juliana Rotich)

O artigo acima é uma tradução de um artigo original publicado no Global Voices Online. Esta tradução foi feita por um dos voluntários da equipe de tradução do Global Voices em Português, com o objetivo de divulgar diferentes vozes, diferentes pontos de vista. Se você quiser ser um voluntário traduzindo textos para o GV em Português, clique aqui. Se quiser participar traduzindo textos para outras línguas, clique aqui.

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